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Sou grato à moral realmente elevada expressa pelo buliçoso — e meio belicoso — juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, um dos Três Mosqueteiros de um novo padrão de Justiça que nem sempre tem, a meu juízo, nas leis os seus parâmetros e os seus limites. Deles todos, pode-se dizer uma coisa sem medo de errar: é gente que não liga, vamos dizer, para as formalidades. E, está convencido este leigo, direito sem “forma” é arbítrio. Ponto. Sim, este parágrafo tem de lembrar os respectivos nomes dos Três Mosqueteiros, que eram e são quatro: além de Bretas, há, por óbvio, Sérgio Moro, escoltado por Vallisney de Souza, da 10ª Vara Federal de Brasília, e Ricardo Soares Leite, juiz-substituto na mesma Vara.

Ainda voltarei ao assunto, é claro! Agora, fica o registro. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) questionou no Twitter o juiz Bretas sobre o fato de ele e mulher, ambos juízes e com propriedade no Rio, receberem, auxílio-moradia, contra orientação do Conselho Nacional de Justiça. Segue a mensagem do deputado, acompanhada de duas respostas do juiz.

Eis aí: para o doutor Bretas, de saída, tudo o que a lei autoriza é, automaticamente, moral. Perguntem a ele se ele acha morais as salvaguardas de que gozam os políticos. E ele dirá que não. Como não deve achar as regras que garantem a dignidade dos presos. Ou Sérgio Cabral não teria passado por aquela humilhação desnecessária.

Repito: os mais de três anos de vigência do auxílio-moradia para todos os juízes e membros do Ministério Público já custaram aos cofres públicos algo em torno de R$ 4 bilhões. A Lava jato e seus filhotes jamais vão recuperar esse dinheiro.

Mas Bretas segue sendo um de nossos mosqueteiros.

Nossos?

Só se for deles. Meu, ah, ele não é.

A propósito: o tema bilionário vai para o Jornal Nacional?

POR REINALDO AZEVEDO