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Quando alguém cunhou o termo “pôr o bode na sala”, se referiu a um grupo de pessoas, que pensavam nos problemas complexos a serem resolvidos e não encontravam saída. A solução para os complexos problemas relativamente distantes, foi dar-lhes um problema maior, que lhes roubassem a atenção. Ou seja, colocando um bode no meio da sala, onde as pessoas estavam. Assim, todos passariam a pensar na maneira de resolver a bagunça e a desordem momentâneos, ou seja, tirar o bode da sala. As forças que estão por trás do golpe de 2016, talvez aquelas mesmas forças que se encontraram com a ministra Cármen Lúcia, fizeram isso com esquerda, ao condenar Lula pelo absurdo placar de 3 a 0. Isso, explicaria a reunião do presidente do TRF-4, o desembargador Thompson Flores e a ministra antes do julgamento.

Com o resultado estranho e fora da curva, de 3 a 0, num julgamento esdrúxulo, a condenação do ex-presidente Lula, desarticulou diversos setores da esquerda. O primeiro foi o próprio PT, o segundo, foram os movimentos sociais diretamente ligados à sua defesa e em terceiro, os partidos da esquerda dissidentes dos apoiadores de Lula. Nesse momento, se discute, ou a defesa do ex-presidente, como forma de garantir a democracia, ou sua sucessão na liderança política eleitoral, incluindo candidaturas e possíveis alianças às quais Lula poderia apoiar.

Com isso, Lula se tornou um problema difícil para o judiciário que se torna o próximo sacrifício do golpe de estado, mas, também, o ex-presidente se tornou o bode na sala da esquerda. Achou estranho? Pense, não se discute Reforma Trabalhista, pouco se discute Reforma da Previdência, quase não há interesse sobre a privatização do pré-sal, privatização da Eletrobras, dos gasodutos, das distribuidoras de energia e diversas outras ações. Não se fala, inclusive, no esquecimento completo de todos os processos e ações da Lava Jato, que, por sinal, chegou ao fim.

O contexto nos faz concluir que Lula foi condenado num julgamento esdrúxulo, como forma de impor um bode na sala da resistência. Com isso, desconsideraram o desgaste e a ruína do judiciário. Já sua prisão, está condicionada à possibilidade de combate direto da oposição na desconstrução das reformas e das privatizações, até as eleições. Então, o STJ segura o julgamento do ex-presidente até a realização das eleições, assegurando a sua impugnação como candidato e tentando abrir caminho para a vitória de um aliado das empresas que se reuniram com ministra Cármen Lúcia, a Shell, a Coca-Cola (que pertence a Tasso Jereissati do PSDB), consultorias do mercado financeiro (ou seja, bancos especuladores), a Globo e outros. Agora, temos que viver com o nosso bode mas, é preciso que compreendamos que tão importante quanto lutarmos para que Lula não seja preso e consiga ser candidato, é a luta pela manutenção das estatais como propriedade do povo brasileiro, bem como seus direitos. É um equilíbrio difícil e necessário, garantir a presença de Lula nas eleições, assegurar sua liberdade e defender os interesses nacionais, antes que da ruína completa do Brasil.

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