O pastiche característico de uma disenteria mental do texto, tem um verniz tecnicista mas, está recheado de mal cheiro. Na técnica em que o “jornaleiro” tenta estabelecer uma relação de proximidade e confiança com o leitor durante enfadonhos parágrafos, sua conclusão risível demonstra o mesmo preconceito e defesa dos banqueiros, presente na eleição de 2002, quando inventaram o “risco Lula”. No final, seu governo foi o mais profícuo da história do país.
Veja o último parágrafo:
“Em caso de vitória de Haddad, o cenário poderá ser ainda mais sombrio. No poder, o PT manobrará para libertar Lula, sufocando os resquícios da Lava Jato. Também promete dar uma guinada nas reformas, provocando um retrocesso sem paralelo na economia. A oposição antilulista estará nas redes sociais e nas ruas. Diante da polarização, o risco é uma ruptura autoritária ao estilo venezuelano.”
É tão doente o que está dito no texto e tão desgraçadamente mal caráter, que assume o mesmo discurso ridículo de 2002, quando a mídia gritava que o Brasil viraria uma Argentina. Há sempre um exemplo ridículo e ser comparado.
Ainda, no último parágrafo, qual seriam os avanços do governo Temer? Qual seriam os retrocessos aos quais este completo mal intencionado ser refere? A menos que esse pau mandado compreenda como avanços, a Reforma Trabalhista, os mais de 13 milhões de desempregados, a venda dos ativos da Petrobras, a privatização do pré-sal, a desnacionalização da Embraer, o golpe de 2016, o fim da ordem constitucional, os lucros recordes dos bancos em meio uma depressão econômica, o regime de trabalho intermitente e não para por aí. Portanto, se o que ele chama de retrocesso sem precedentes, é chamado de canibalização da sociedade brasileira, no pior estilo século XIX por quase a totalidade dos intelectuais.
Certas opiniões são como os nazistas, não merecem a moderação, pior, deveriam ser combatidas da mesma maneira que se combateram os integralistas no início do século XX, na avenida Paulista. Não há transigência com a desumanidade e com a fome causada por esses ditos “avanços” defendidos por certos animais. Daí, uma posição tão contundente contra o mal caratismo presente na mídia. Que fique claro, essa briga apenas começou.