Presidente afirmou que o primeiro passo é confirmar a existência de petróleo na região. Em seguida, o governo discutirá com o Ibama como explorar sem prejudicar a Amazônia
Lula diz que Amapá pode “continuar sonhando” com exploração de petróleo na Margem Equatorial · O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que o Amapá pode “continuar sonhando” com a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mesmo após o Ibama estabelecer o cumprimento de exigências para uma perfuração segura do poço na região.
Segundo Lula, a decisão do Ibama de barrar a exploração não é definitiva e o governo, em conjunto com a Petrobrás, buscará meios para garantir que a perfuração não ofereça riscos ao meio ambiente. O presidente disse ainda que, no momento, o mais importante é dar continuidade às pesquisas para certificar que há mesmo petróleo na região. “Vocês podem continuar sonhando e eu também quero continuar sonhando”, disse Lula em entrevista a uma rádio do Amapá, que participou de entrevista coletiva junto com outras rádios da região amazônica. “Nós tínhamos a Petrobrás com uma plataforma preparada para fazer pesquisa nessa região. Houve o estudo do Ibama que disse que não era possível, mas esse estudo do Ibama não é definitivo. Eles apontam falhas técnicas que a Petrobrás tem o direito de corrigir. Nós estamos discutindo isso. Eu acho que é uma decisão muito importante que o Estado brasileiro tem que tomar, mas o que a gente não pode é deixar de pesquisar. Primeiro nós temos que pesquisar, temos que saber que tem aquilo que a gente pensa que tem, e quando a gente achar [petróleo], a gente vai tomar uma decisão, o Estado brasileiro, o que a gente vai fazer, como é que a gente pode explorar, como é que a gente vai evitar que um desastre qualquer possa prejudicar a nossa querida margem do Oceano Atlântico na Amazônia. Nós vamos ter todo o cuidado, mas pode continuar sonhando, porque ainda há uma discussão”.
“O Ibama não foi definitivo. O Ibama apresentou proposta para ser corrigida, essas coisas vão ser levadas em conta pelo governo, vão ser levadas em conta pela Petrobrás. Nós estamos vendo o Suriname explorando petróleo, estamos vendo a Guiana explorando petróleo, Trindade e Tobago já está explorando. Nessa Margem Equatorial deve ter petróleo, e ela fica a uma distância de muitos quilômetros longe da margem, e nós vamos então pesquisar. Estamos em um processo de discussão interna agora e logo logo vamos ter uma decisão do que a gente pode fazer. A gente primeiro tem que fazer a pesquisa. Se a pesquisa constatar que a gente tem o que a gente pensa que tem lá embaixo, aí sim nós vamos fazer a segunda discussão: como fazer para explorar sem causar nenhum prejuízo a qualquer espécie amazônica? É isso que está em jogo”, concluiu.
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