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“O que mais Bolsonaro terá vendido? E recebido em troca?”, questionou a jornalista e comentarista da TV 247

Helena Chagas e Jair Bolsonaro
Helena Chagas e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Tentativa de venda de Rolex presenteado mostra que Bolsonaro era maloqueiro, diz Helena Chagas · 

247 – A jornalista Helena Chagas comentou nesta sexta-feira (4) a troca de e-mails do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, referente à negociação de um relógio da marca Rolex.

Para Helena, as mensagens indicam o comportamento marginal de Bolsonaro e seu entorno. “Era um governo muito maloqueiro”, afirmou a jornalista. “Os e-mails do major Cid sobre a venda – enquanto Bolsonaro ainda era presidente – do Rolex ganho da Arábia Saudita expõe, além da desonestidade de se apropriar de um presente de Estado, um presidente da República muito chinfrim. Quem faz isso ocupando o mais alto cargo do país é indigno de se sentar naquela cadeira. O que mais Bolsonaro terá vendido? E recebido em troca?”, questionou Helena. 

Em 6 de junho de 2022, Cid recebeu um e-mail em inglês de uma interlocutora. Ela expressou: “obrigada pelo interesse em vender seu Rolex. Tentei entrar em contato por telefone, mas não obtive sucesso.” Em seguida, questionou: “Qual é o valor que você espera receber por ele? O mercado de relógios Rolex usados está em declínio, especialmente para modelos cravejados com platina e diamante, devido ao alto valor. Quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa”.

Em resposta, Mauro Cid informou que não possuía o certificado do Rolex, uma vez que “foi um presente recebido durante uma viagem oficial”, e ele tinha a intenção de vender o relógio por US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil, conforme a cotação atual). Entretanto, os e-mails não detalhavam as circunstâncias da aquisição do relógio, informa o jornal O Globo.

Durante uma visita à Arábia Saudita em outubro de 2019, Jair Bolsonaro recebeu um conjunto de joias, incluindo um Rolex, um anel, uma caneta e um rosário islâmico, do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud. Recentemente, a defesa de Bolsonaro devolveu os itens de luxo após uma investigação da Polícia Federal relacionada a outro conjunto de joias sauditas, no valor de R$ 5 milhões, retido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

No passado, Mauro Cid, atuando como ajudante de ordens, tentou recuperar o conjunto de joias retido pela Receita Federal, antes de Bolsonaro deixar o cargo presidencial e partir para os Estados Unidos. A defesa de Cid alega não ter acesso aos e-mails que estão em posse da CPMI do dia 8 de janeiro.

Mauro Cid está preso desde maio e enfrenta investigações por parte da Polícia Federal relacionadas a um possível esquema de fraudes no cartão de vacinação, bem como por manter conversas com teor golpista. Além disso, a CPMI também está examinando transações financeiras realizadas por Cid. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou que o militar movimentou R$ 3,2 milhões em um período de seis meses, uma operação considerada incompatível com seu patrimônio, uma vez que ele recebe um salário mensal de R$ 26 mil como oficial do Exército.

Era um governo muito maloqueiro. Depois da tentativa de liberar as joias de um presente oficial na Receita para uso pessoal, receber pedras preciosas em
envelope e não deixar que o presente fosse registrado já parecia o cúmulo. Só que não. Os e-mails do major Cid sobre a venda -…

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