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Oscar Maroni é um cafetão famoso da capital paulista. Especializado em fornecer prostitutas a políticos, delegados, grande empresários e, pasmem, até a pastores evangélicos, conta com o “apoio” da ultra moralista dita “grande imprensa“, que vive de divulgar negócios de exploradores de mulheres como esse. Por exemplo, a revista Veja…

Mas não é só. Maroni foi denunciado pelo Ministério Público por exploração de mulheres via rufianismo, ou seja: cafetinagem. Mas como estamos no Brasil, onde um líder político que tirou dezenas de milhões de cidadãos da miséria é condenado em duas instâncias em tempo recorde (cerca de seis meses) em um processo farsesco, gente como o cafetão em tela se safa facilmente…

Pior do que isso é a argumentação dos probos desembargadores do STJ para aliviar a barra do cafetão explorador da prostituição de moças sempre bem jovens.

Diz a sentença do do Superior Tribunal de Justiça que só pode ser considerado casa de prostituição o estabelecimento dedicado exclusivamente a promover sexo pago. Por isso, o ministro Rogério Schietti, da 6ª Turma do Tribunal, absolveu o empresário Oscar Maroni, acusado de “manter casa de prostituição” e de “facilitar ou induzir a prostituição alheia”.

Oscar Maroni mantém estabelecimento com diversas atividades, entre elas prostituição, decidiu Justiça de SP.
Reprodução

Em decisão monocrática, o STJ afirmou que o próprio Ministério Público de São Paulo disse que o Bahamas era sauna, bar, restaurante e tinha mesa de bilhar, piscina e pista de dança. Em meio a tudo isso, escreveu o MP-SP, “era possível o encontro sexual mediante pagamento”.

A absolvição de Maroni veio do Tribunal de Justiça de São Paulo. A 4ª Câmara Criminal havia entendido que a denúncia apenas descreveu uma boate em que acontecia também a prostituição de mulheres.

Os desembargadores também disseram que a acusação não apresentou provas de que Maroni lucrasse com a prostituição delas, requisito para configurar o crime de exploração.

Maroni havia sido condenado em primeira instância. Em sentença de 2011, a juíza se baseou no livro O Doce Veneno do Escorpião, de Raque Pacheco, ex-prostituta, que descrevia o Bahamas como prostíbulo. Diz o livro:

“A maioria dos lugares, como o Bahamas, era de bom gosto, elegante mesmo. Por fora, você nem se toca do que é lá dentro. Casas que encheram meus olhos. As garotas que vi por lá não tinham nada de anormal, não tinham ‘puta’ estampado na testa nem ficavam na porta se oferecendo a quem passasse”.

O Bahamas é o prostíbulo mais conhecido de São Paulo. É fácil encontrar homens de classe média que já estiveram lá – os preços do luxuoso estabelecimento requerem certo poder aquisitivo. Qualquer taxista indicará esse estabelecimento se for  perguntado sobre se conhece algum prostíbulo “vip”.

O cafetão em tela, porém, decidiu se meter em política. Ofereceu cerveja de graça a seus clientes se Lula for assassinado na prisão. Perguntado por um dos clientes moralistas que criticam a “corrupção” do ex-presidente sobre o que daria se este tivesse uma morte “sofrida” via assassinato, Maroni disse que para tal prêmio “daria o rabo”.

O Blog da Cidadania crê que acaba de produzir um importante registro histórico da moral pervertida da sociedade brasileira neste começo de século XXI. Confira, abaixo, os moralistas autoproclamados inimigos da corrupção e “cristãos” em tempo integral.