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Marcos Cintra
Foto: Reprodução

Candidato a vice na chapa de Soraya Thronicke deve prestar depoimento em até 48 horas por “atacar as instituições democráticas”

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, determinou que Marcos Cintra (União Brasil-SP), candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke, preste depoimento à Polícia Federal em até 48 horas por “atacar as instituições democráticas”. Cintra também teve perfis nas redes sociais suspensos por ordem do TSE. O Twitter já cumpriu a decisão. A corte eleitoral segue agindo para restringir contas que levantem suspeitas sobre fraude nas urnas eletrônicas ou motivem atos antidemocráticos.

Ex-secretário da Receita Federal no governo de Jair Bolsonaro (PL), Cintra fez publicações na rede social com afirmações golpistas de que houve fraudes nas eleições presidenciais. Ele disse que “verificou” por conta própria “dados do TSE” e afirmou não ver “explicação para o JB [Jair Bolsonaro] ter zero votos em centenas de urnas”.

“Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”, afirma a decisão de Moraes.

O ministro afirma que essas circunstâncias permitem a adoção de medidas que restrinjam a divulgação de conteúdo falso e, nas suas palavras, “eminentemente antidemocrático em evidente violação à liberdade de expressão, bem como a realização de diligências, de modo que os fatos apurados sejam completamente esclarecidos”.

Segundo o jornal O Globo, Lula e Bolsonaro tiveram todos os votos válidos em 147 seções eleitorais. O placar foi favorável a Lula em 144, em especial em aldeias indígenas, comunidades quilombolas ou ribeirinhas. Já Bolsonaro teve unanimidade em três seções eleitorais.

Nos locais onde estavam as urnas que registraram consenso pró-Lula, 22 tinham “aldeia” no nome, 27, “comunidade”, e outras 51, “povoado”. Em Quiterianópolis, no Ceará, os indígenas Tabajaras votaram 100% em Lula.

Bolsonaro conquistou a unanimidade dos votos num colégio do município de Chaves, no Pará.

No Twitter, Cintra afirmou que “quilombolas e indígenas não explicam esses resultados, sob pena de admitir que comunidades foram manipuladas” e diz que o TSE deve explicações. “Acredito na legitimidade das instituições. Não admiti que o TSE seja cúmplice, no caso de descobrirem algum bug no sistema. Mas, sim, se tornará cúmplice se não se debruçar sobre esses fatos e esclarecer tudo”.

Grupos bolsonaristas que pedem intervenção militar compartilham as afirmações de Cintra como as de “pessoa pública, respeitada e famosa”, que teriam credibilidade por ele ser “professor e PhD em Harvard”.

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