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Elon Musk. Foto: reprodução

Preocupada com a possibilidade de uma avalanche de desinformação às vésperas de sua eleição continental, a União Europeia (UE) está determinando que as plataformas digitais intensifiquem suas medidas de controle, sob ameaça de multas milionárias em euros. Em junho, os europeus se dirigem às urnas para escolher o novo Parlamento Europeu.

Segundo o colunista Jamil Chade, do UOL, fontes em Bruxelas confirmam que as diretrizes e exigências serão estendidas também à plataforma X, de Elon Musk, que tem preocupado as autoridades do bloco.

Empresas como Facebook, YouTube, TikTok e X serão obrigadas a apresentar evidências do que estão fazendo para evitar que suas redes sejam usadas para disseminar notícias falsas.

Violadores poderão ser multados e, em casos mais sérios, as empresas podem enfrentar penalidades equivalentes a 6% de sua receita global.

As medidas propostas pela UE contradizem a narrativa que uma delegação de parlamentares bolsonaristas tentou propagar nas redes sociais na quarta-feira. Eles argumentam que, no Parlamento Europeu, expuseram supostas ações autoritárias impostas pelo Brasil contra Musk, caracterizando perseguição política e ameaças à democracia.

Entretanto, os bolsonaristas não estiveram presentes em uma sessão plenária do Parlamento Europeu. Em vez disso, dirigiram-se a um grupo da extrema direita, uma minoria dentro do órgão europeu, que repete os mesmos slogans utilizados pela direita populista internacional. A delegação que visita a Europa inclui parlamentares como Eduardo Bolsonaro, Ricardo Salles e Bia Kicis.

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa no Parlamento europeu em Bruxelas
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa no Parlamento europeu em Bruxelas. Foto: Reuters

Ameaça contra a democracia

O relacionamento atual entre o Parlamento Europeu e a rede de Musk está marcado por acusações. Em outubro de 2023, a plataforma já havia sido alertada pela UE devido à disseminação de mensagens de ódio após os ataques do Hamas, em 7 de outubro.

Em dezembro, uma investigação formal foi aberta pelos europeus devido a suspeitas de descumprimento das regras da UE sobre a propagação de conteúdo tóxico pela empresa. Agora, todas as empresas serão obrigadas a demonstrar como garantirão a clara identificação de anúncios políticos e deepfakes.

Além disso, a UE está exigindo que cada uma delas estabeleça equipes especializadas para monitorar possíveis ameaças e narrativas que possam colocar em risco a democracia.

Conforme estipulado pelas regras da UE, as plataformas também deverão assegurar que seu algoritmo promova uma variedade de conteúdos. Isso significa que a plataforma X deverá dar o mesmo destaque e espaço para candidatos de diferentes espectros políticos. Recentemente, relatórios de pesquisadores apontaram um viés da plataforma em favor da extrema direita.

No último mês, a UE elaborou um guia delineando as ações que cada empresa poderia adotar. Caso nenhuma das sugestões seja implementada, a empresa ainda deverá comprovar a eficácia das medidas adotadas.

Previsto para o final de abril, os europeus planejam conduzir um primeiro “teste de estresse” com as principais plataformas. Apesar de a empresa de Musk ter se retirado de uma iniciativa conjunta do setor para lidar com as ameaças eleitorais, a UE continua a insistir que a empresa deverá obedecer às suas normas.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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