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“Desaceleração econômica era o que o Banco Central queria”, disse ela. “Campos Neto podia aproveitar e ir embora”, acrescentou

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

Gleisi cobra a demissão de Campos Neto após resultados ruins na economia · Ouvir artigo

 Logo após a divulgação de dados pelo Banco Central apontando a desaceleração econômica do Brasil em maio, assim como a deflação em junho, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), expressou sua preocupação e cobrou mudanças na política monetária. Hoffmann também pediu uma diminuição mais forte da taxa de juros em agosto e sugeriu que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deixasse o cargo.

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Gleisi Hoffmann

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Desaceleração econômica divulgada hoje pelo BC, somada à deflação de junho, não é notícia boa pra economia. Era o que o BC queria. Linha contrária ao que defendemos, de desenvolvimento da economia real, popular. Que o BC, assim como aumentou de uma só vez dois pontos percentuais… Mostrar mais

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a atividade econômica do país teve uma queda de 2,0% em maio em relação ao mês anterior. Essa queda representa a maior contração em pouco mais de dois anos e supera as expectativas de estagnação apontadas em uma pesquisa da Reuters. O dado revisado de abril mostrou um crescimento de 0,8%, enquanto nos primeiros cinco meses do ano o Índice de Atividade Econômica do BC registrou queda em dois meses, março e maio.

A declaração da deputada Gleisi Hoffmann reflete a preocupação com a política monetária restritiva adotada pelo Banco Central. Gleisi argumenta que essa postura vai contra a linha de desenvolvimento da economia real e popular defendida pelo PT.

A deputada enfatizou a importância de uma diminuição da taxa de juros em agosto para o benefício do Brasil. Ela também mencionou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugerindo que ele poderia aproveitar a oportunidade para renunciar ao cargo.

Economistas têm destacado a necessidade de cortes de juros para impulsionar a atividade econômica do país. Embora a política monetária restritiva tenha sido adotada para conter a inflação, a desinflação e o mercado de trabalho resiliente são fatores que podem mitigar a desaceleração econômica esperada.

No entanto, a análise de diversos especialistas mostra que diferentes setores econômicos estão enfrentando pressão devido às condições financeiras mais apertadas. A produção industrial brasileira voltou a subir em maio, mas ainda está abaixo do nível pré-pandemia. Por outro lado, o setor de serviços apresentou crescimento acima do esperado, enquanto as vendas no varejo caíram inesperadamente, influenciadas pela política monetária apertada do Banco Central no crédito.

A pesquisa Focus realizada pelo Banco Central revelou que o mercado melhorou suas estimativas para o crescimento econômico do Brasil neste ano e no próximo. As projeções apontam para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,25% e 1,30%, respectivamente.

O IBC-Br, índice utilizado como um sinalizador do PIB, é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção agropecuária, indústria, setor de serviços e impostos sobre a produção.

Diante desse cenário, a declaração da deputada Gleisi Hoffmann reflete uma posição crítica em relação à política monetária restritiva do Banco Central e sua preocupação com a desaceleração econômica. Ela defende uma abordagem voltada para o desenvolvimento da economia real e popular, pedindo uma redução na taxa de juros como medida para impulsionar o crescimento econômico do Brasil.