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Na TV 247, o diretor da Quaest analisou a última pesquisa do instituto, que mostrou uma queda de seis pontos percentuais na aprovação do presidente Lula

Diretor-fundador do Instituto Quaest, Felipe Nunes, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Diretor-fundador do Instituto Quaest, Felipe Nunes, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/TV Cultura | REUTERS/Washington Alves)

247 – Em meio a um cenário político marcado por intensa polarização, a pesquisa recente da Quaest sobre a popularidade do presidente Lula (PT) revela nuances significativas na opinião pública brasileira. Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a aprovação de Lula, atualmente em 54%, desperta reflexões sobre a dinâmica complexa do país. “Muita gente quando recebeu a pesquisa tomou um susto”, afirmou Nunes. “A aprovação caiu seis pontos, é muita coisa. Claro que é, não dá para negligenciar isso. Mas não dá também para ignorar que em um Brasil tão polarizado como o que a gente vive, a gente encontrar um presidente com 54% de aprovação signifique um resultado até surpreendente.”

Para Nunes, este contexto polarizado é crucial para o apoio ao governo. “A gente não pode esquecer que a polarização de 2022 veio para ficar, ela está espalhada na sociedade brasileira de maneira muito consistente. Se você pegar o relatório da Quaest inteiro comparando vários indicadores entre eleitores de Lula e Bolsonaro, você vê pensamentos completamente antagônicos, visões de mundo completamente antagônicas. Então é nesse contexto que o governo tem 54% de aprovação”, pontuou.

De acordo com Nunes, a diminuição na aprovação de Lula pode ser atribuída a dois fatores principais. Primeiramente, a euforia observada em agosto, impulsionada por medidas econômicas aprovadas no Congresso, reformas e estabilidade financeira, foi gradualmente substituída por frustração. O governo, apesar dos avanços anteriores, pareceu estagnar nos últimos dois meses, resultando em uma sensação de paralisia e descontentamento entre os cidadãos. 

“A sociedade brasileira estava vendo o governo aprovar uma série de medidas econômicas no Congresso, a gente estava vindo do arcabouço fiscal, a gente estava vindo de reforma tributária, a gente estava vindo de acordos de Executivo-Legislativo que traziam notícias positivas, o dólar caindo, a inflação caindo, os juros caindo. Ou seja, quem olhava para o Brasil via as políticas sociais voltando a ser implementadas e um cenário econômico todo positivo. Em outubro, de lá para cá, essa euforia virou frustração, porque o governo ficou meio parado nesse período, não conseguiu avançar com essa agenda. Então esse lado ajuda a gente a entender esse momento”, disse.

O segundo aspecto apontado por Nunes está relacionado às decisões políticas do governo, especialmente no âmbito internacional. A pesquisa indica que a maioria dos brasileiros acredita que as viagens internacionais de Lula não trouxeram benefícios significativos para o país e que questões nacionais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, foram negligenciadas. Esta percepção contribui para a queda na aprovação presidencial, sugerindo uma desconexão entre as prioridades do governo e as preocupações imediatas da população

“Os brasileiros acham que o presidente Lula exagerou nas viagens internacionais e, com isso, deixou de lado a política nacional. A gente perguntou: ‘você acha que as viagens do presidente Lula estão trazendo benefícios para o país?’. A maioria acha que não. E aí eu pergunto depois: ‘você acha que o governo deu a atenção devida às enchentes no Rio Grande do Sul?’. A maioria acha que não. Então junto com o problema econômico, tem uma percepção de que a política nacional, as questões nacionais, ficaram de lado em relação às viagens internacionais”, destacou.

Em última análise, a pesquisa da Quaest oferece um retrato complexo da opinião pública brasileira, destacando a interseção entre polarização política, expectativas econômicas e avaliações das ações do governo, tanto em nível nacional quanto internacional. Enquanto o presidente Lula mantém uma aprovação considerável em meio a um cenário desafiador, a pesquisa sublinha a necessidade de uma abordagem equilibrada para atender às demandas diversas de uma nação profundamente dividida.

Assista:

Com informações do Brasil 247

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