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Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público se mobiliza contra a PEC 32, encaminhada ao Legislativo pelo governo Bolsonaro, que, entre outros pontos, elimina a estabilidade dos novos servidores públicos

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA),PEC 32 é

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA),PEC 32 é “retrocesso político-administrativo” – (crédito: Bruno Peres/CB/D.A Press)

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público prepara contra-ataque ao manifesto assinado por representantes de 23 frentes parlamentares a favor da Proposta de Emenda Constitucional da reforma administrativa (PEC 32/2020). Deputados e senadores que defendem a manutenção das regras do serviço público se reúnem nesta terça-feira, no fim da tarde, para elaborar um documento contrário à proposta, que aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados. O encontro vai contar com a presença de representantes sindicais de várias categorias do serviço público que já preparam manifestações em todo o país.

“A reunião da frente pretende refazer as estratégias de enfrentamento ao texto da PEC 32, que, apesar de aprovado na Comissão Especial, não obteve adesão para ir à voto em plenário”, afirma a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Segundo a parlamentar, “insistir nesse texto é um erro e uma tentativa de impor um retrocesso político-administrativo a um país que precisa levar políticas públicas à população que mais necessita”.

A PEC tem no presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), seu principal defensor. Foi ele, aliás, quem reacendeu a discussão sobre a proposta, que estava adormecida nas gavetas da mesa diretora da Casa desde setembro de 2021, quando foi aprovada na comissão especial que tratou do assunto.

Lira defende a aprovação da PEC como medida de controle de gastos públicos, em contraposição à ideia do governo de aumentar a arrecadação, com propostas como a taxação dos chamados fundos fechados, conhecidos como fundos dos super ricos, e os fundos offshore, que são aplicações feitas por brasileiros fora do Brasil.

Em conversa recente com jornalistas, Lira afirmou ter ouvido falar que o governo estaria disposto a apresentar uma PEC “a ser apensada à PEC 32”. Na verdade, o governo não pretende mexer na Constituição em uma eventual reforma administrativa. Muito menos apensar uma proposta ao texto em tramitação na Câmara. “Dessa PEC 32, não se aproveita nada”, disse uma alta fonte da equipe econômica ao Correio.

O governo admite a necessidade de discutir a reforma administrativa, mas não tem pressa. Para tratar do assunto, foi criado um grupo de trabalho liderado pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, do qual participam também os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; e do Planejamento, Simone Tebet.

Visões opostas

Dweck deixou claro que o governo não considera a PEC 32 nos estudos que vêm sendo feitos pela pasta. “A gente tem como missão uma discussão de reestruturação do Estado, de transformação, que é uma agenda da reforma administrativa”, disse a ministra na última quinta-feira, após o desfile de 7 de setembro. “A gente já vem fazendo essa discussão desde o início do ano, mas não tem nada pronto para apresentar ao Congresso”, completou.

A PEC 32, elaborada pelo governo Bolsonaro, diverge diametralmente dos estudos em elaboração no gabinete da ministra. A reforma elaborada pela equipe do ex-ministro da economia, Paulo Guedes, de visão liberal, tem como fundamento a redução do Estado, com diminuição do funcionalismo. O principal objetivo é a redução dos gastos públicos.

O governo Lula, ao contrário, entende o Estado como provedor do desenvolvimento e cuidador da população. Por isso, está promovendo a reabertura de novos concursos públicos. As estimativas são de que até o fim de 2023, serão autorizadas cerca de 10 mil vagas, abrangendo em torno de 100 órgãos e entidades da administração federal.

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