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Na CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência disse que a instituição alimentou as forças de segurança do DF em alertas ao 8/1

Saulo Moura também foi ouvido pela CPMI do 8 de janeiro, no Congresso Nacional -  (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil.)

Saulo Moura também foi ouvido pela CPMI do 8 de janeiro, no Congresso Nacional – (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil.)

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, explicou que as informações de inteligência emitidas pela agência servem para assessorar o poder decisório, que eram as forças de segurança do Distrito Federal. À Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa (CLDF), ele disse que houve falha nos atos de 8 de janeiro.

Durante o depoimento, Saulo pontuou que, se as informações encaminhadas pela Abin fossem consideradas, os atos não teriam acontecido. “A informação da Abin, que é de inteligência, é feita para assessorar o poder decisório. Nesse caso, quem estava com a decisão eram as forças de segurança do DF. Obviamente, os fatos falam por si mesmo: houve falhas. Óbvio”, disse. “Se não, não teríamos a depredação da sede dos Três Poderes”, completou o ex-diretor.

O ex-diretor falou também sobre a trama que envolveu o pedido do ex-ministro Gonçalves Dias, sobre ter mandado excluir o próprio nome de uma planilha, que mostrava os alertas institucionais e os alertas encaminhados a G. Dias por WhatsApp, sobre a possibilidade de atos antidemocráticos no final de semana do 8 de janeiro.

Alertas

Entre 2 de janeiro, quando Saulo Cunha assumiu o cargo, e o dia 8, a Abin enviou 33 alertas a órgãos como a Polícia Militar do Distrito Federal, o Ministério da Justiça, o GSI, entre outros. Os dados eram divulgados por meio de um grupo de WhatsApp formado por representantes designados pelas instituições. “Eu entreguei essa planilha para o ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali. Ele determinou, eu obedeci a ordem”, frisou, ao ser questionado pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

É este um dos pontos que parte da CPI pretende desvendar: a existência do grupo e quem, de órgãos do Distrito Federal, recebeu a informação sobre o 8/1. Para isso, a comissão pretende ouvir, nessa reta final, o coronel Reginaldo Leitão. O oficial é chefe do Centro de Inteligência da PMDF, mas apresentou atestado e teve a oitiva adiada. A CPI recebeu um documento do próprio ex-diretor da Abin sobre quem recebeu as mensagens.

Outra ala de parlamentares, ligados à base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), utilizará  o depoimento de Saulo para reforçar a tese de que G. Dias e o governo federal foram omissos perante ao atos de 8/1.

Com informações do Correio Braziliense

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