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Durante o mês de setembro o país assumirá a presidência rotativa do colegiado das Nações Unidas

O Brasil, que assumiu a vaga de representante da América Latina no mandato de 2022 a 2023 e presidiu o colegiado em julho do ano passado, segue pleiteando um assento permanente no colegiado -  (crédito:  ED JONES / AFP)

O Brasil, que assumiu a vaga de representante da América Latina no mandato de 2022 a 2023 e presidiu o colegiado em julho do ano passado, segue pleiteando um assento permanente no colegiado – (crédito: ED JONES / AFP)

Ainda sem vislumbrar uma vaga permanente no cobiçado Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil assume, no próximo domingo (1º/10), a presidência rotativa do mais importante órgão da estrutura da ONU por um mês. O país, que assumiu a vaga de representante da América Latina no mandato de 2022 a 2023 e presidiu o colegiado em julho do ano passado, segue pleiteando um assento permanente no colegiado.

A vaga permanente no órgão garantiria ao Brasil o direito de veto de resoluções, fator que vem causando o impasse entre dois grupos de membros permanentes do colegiado, Rússia e China de um lado, e Estados Unidos, Reino Unido e França do outro. Polarização essa que foi muito acentuada depois do início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Apesar da posição ser mais protocolar, ocupada até o próximo domingo pela Albânia, o Itamaraty espera usar o curto espaço na liderança do grupo para tentar romper a polarização e propor mudar o foco da atuação do colegiado para agir de forma mais efetiva para evitar a deflagração de novos conflitos.

“O Conselho de Segurança está muito polarizado, e o Brasil atua fazendo a ponte entre os dois grupos”, disse o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty, embaixador Carlos Márcio Cozendey.

Mesmo com a elevada pretensão brasileira de buscar uma agenda que restaure a confiança entre as potências, diminuindo a tensão mundial, a diplomacia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva aposta em avançar com a estratégia de incluir novos atores. Com esse objetivo, o “signature event” — principal reunião do mês, definida por cada presidência — irá debater a importância dos organismos multilaterais regionais e sub-regionais e bilaterais na prevenção de conflitos.

“Em 20 de outubro, acontece o signature event, um debate que será presidido pelo chanceler Mauro Vieira, e discutirá como as organizações regionais e sub-regionais podem atuar na prevenção de conflitos”, afirmou Cozendey. E emendou: “A agenda não é totalmente determinada pela presidência. Uma das formas de dar mais destaque é a presidência da reunião ser liderada pelo ministro das Relações Exteriores”.

Ucrânia fora

Com a difícil missão de buscar construir os consensos entre os dois blocos que vivem em uma nova guerra fria, a diplomacia brasileira deve tentar fugir do tema mais espinhoso, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, pois entende que os dois países devem insistir por mais tempo na estratégia militar antes de se abrirem espaços que possibilitem se discutir a paz.

O Itamaraty aponta que assumir o Conselho não favorece a reivindicação por um assento permanente no colegiado, mas destaca ser uma importante vitrine para o país mostrar trabalho. “Se você pretende ser um membro permanente é importante você mostrar a sua capacidade construir consensos”, observou o embaixador Cozendey.

O Brasil estava fora do colegiado da ONU desde o biênio 2010-2011, mas ainda é o segundo maior participante do Conselho, tendo pertencido por 22 dos 78 anos de existência do grupo, só perdendo para o Japão, que teve uma cadeira no colegiado por 23 anos.

Com informações do Correio Braziliense

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