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O ator Pedro Cardoso e a cantora Beyoncé. Foto: Reprodução

O ator Pedro Cardoso criticou Beyoncé nas redes e a comparou a Trace Chapman, artista que fez sucesso na década de 1980 com seu hit “Fast Car”. Em texto publicado no Instagram, ele diz que a primeira faz mais sucesso por vender “além de sua arte, também a sua vida pessoal”.

“Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos ‘famosos’! Quase nada dizem sobre a arte deles”, escreveu Cardoso.

Ele diz que sua crítica não é dirigida diretamente a Beyoncé, mas à indústria musical. “Pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas”, prossegue.

Pedro Cardoso é chamado de “cara branco” por fã de Beyoncé. Foto: Reprodução

O ator foi criticado por fãs da cantora após o texto e por comparar duas mulheres negras sendo “um cara branco”. Cardoso nega o rótulo, no entanto, e diz que a questão é “irrelevante” para a discussão.

“A obsessão sua com a questão tão relevante dos ecos da escravidão no presente é sua; e ela te interdita o pensamento de aspectos da realidade onde ela não é dominante”, respondeu o ator.

Leia o texto de Pedro Cardoso na íntegra:

Bom ano. A mim, mais me toca a arte de Trace Chapman do que a de Beyoncé. Seria gosto… Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyoncé ser mais consumida do que Trace. A mesma pergunta eu posso fazer para outros pares de artistas cujas as artes eu admiro mais do que a de outros, igualmente bons artistas, e mais consumidos do que os que prefiro.

E desconfio que o maior sucesso comercial das “Beyoncé” frente as “Chapman” se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no Wikipedia: “Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal”. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos “famosos”! Quase nada dizem sobre a arte deles!

Mesmo porque, mais das vezes, pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas. Não gosto nem desgosto especialmente de Beyoncé mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyoncé, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas.

Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyoncé é preciso um empenho de promoção tão milionário quanto os milhões que se quer ganhar. A arte não se presta ao comércio tanto quanto bem mais se presta a vida sexual dos artistas. Sexo vende-se mais facilmente que poesia. Mas a demanda por fofoca sexual, há. Mas, além de haver, é, e muito, estimulada a ser insaciável.

Quem muito vive a vida dos outros, busca distrair-se da sua, eu acho; e me parece natural. Problema para mim é se fazer um comercio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas.

A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, “Beyonces” não venderiam tanto.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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