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CPMI quer investigar negócios de Franco Giaffone, representante de empresas como a austríaca Glock, a indiana MKU e a estadunidense Axo, celebrados junto ao governo Bolsonaro

(Foto: Reuters)

CPMI mira empresário que vendeu R$ 331 milhões em armas e equipamentos para o governo Bolsonaro e Coaf vê elo com garimpeiro ·

Um dos principais fornecedores de armas e equipamentos de segurança estrangeiros para o governo Jair Bolsonaro (PL) entrou no radar da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Aos Golpistas. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Franco Giaffone, representante de empresas como a austríaca Glock, a indiana MKU e a estadunidense Axon, venceu licitações que somam cerca de R$ 331 milhões, atendendo principalmente ao Ministério da Justiça e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao longo do governo Bolsonaro. 

Giaffone representa marcas renomadas, como a Glock, fabricante de pistolas austríaca, a indiana MKU, especializada em coletes balísticos, e a Axon, conhecida por suas armas de choque. “A compra de itens fabricados no exterior intermediada por Giaffone só foi possível graças às medidas baixadas na gestão anterior que flexibilizaram a importação de produtos similares a fabricados no País. A cúpula do colegiado considera que mapear os elos dele é fundamental para esclarecer informações sobre outros alvos da comissão de inquérito”, ressalta a reportagem. 

Por outro lado, os decretos presidenciais de Bolsonaro que facilitaram o acesso a armas de fogo, munições e equipamentos do gênero, geraram preocupações entre empresas nacionais, que alegam concorrência desleal e falta de igualdade tributária e regulatória nas licitações. Essas empresas têm pressionado o governo e o Tribunal de Contas da União (TCU) para reverter as medidas adotadas desde

2019

A CPI solicitou relatórios de movimentações financeiras de Franco Giaffone ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou operações atípicas e incompatíveis. Entre as transações suspeitas, destaca-se a negociação com Edimar Pereira da Silva, ex-vereador com histórico de atividade garimpeira no Pará. Durante um período de aproximadamente um ano, Pereira da Silva transferiu R$ 120 mil para Giaffone, em meio a movimentações financeiras que o Coaf considera suspeitas. “No período, o ex-parlamentar movimentou R$ 40 milhões, entre saques, depósitos e transferências em transações consideradas suspeitas pelo Coaf”, ressalta o periódico. 

A comissão de inquérito também busca investigar transações internacionais do empresário, tendo aprovado pedidos para a quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de Franco Giaffone, além de ter solicitado solicitou ao TCU uma auditoria nos contratos entre o governo e a Glock, uma das principais fabricantes de pistolas do mundo.

Embora a atenção da CPI se concentre nas operações relacionadas à Glock, Giaffone atua como representante de outras empresas, como a MKU e a Axon, que também venceram licitações significativas no valor de mais de R$ 118 milhões e R$ 212 milhões, respectivamente.

Em nota, a assessoria do empresário afirmou que ele “garante a lisura na sua atuação perante órgãos e agentes públicos” e que “não tem ligação com os atos de 8 de janeiro”. 

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