Material entrou no país junto com peças que seriam presentes da Arábia Saudita a Michelle
Ex-ministro de Bolsonaro será intimado pela Receita para dar explicação sobre segundo pacote de joias ilegais
O ex-ministro de Minas e Energia do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Bento Albuquerque, será intimado pela Receita Federal. Ele terá que explicar a entrada de um segundo pacote de joias que teria entrado ilegalmente no país.
O segundo pacote continha um relógio, abotoaduras, anel, uma espécie de rosário e uma caneta, todos da marca suíça de diamantes Chopard e supostamente destinados ao então chefe de governo. Bento Albuquerque trouxe o conjunto de peças na sua bagagem.
De acordo com informações do jornal O Globo, ele pode ser multado por ter entrado no país sem declarar os bens. Não há, no entanto, estimativa ou avaliação pública desse segundo lote de joias enviado pela ditadura da Arábia Saudita.
O primeiro pacote continha um conjunto de joias e relógio avaliados em R$ 16,5 milhões. O presente era destinado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O caso que foi revelado na última sexta-feira (3) pelo jornal Estadão mostrou que o pacote foi retido pela Receita Federal e era trazido por Marcos Soeiro, então assessor de Albuquerque. Vale destacar que o governo Bolsonaro tentou reaver as peças por ao menos sete vezes.
A Receita Federal também informou em nota que a entrada de um segundo pacote pode configurar em tese violação da legislação aduaneira também pelo outro viajante, por falta de declaração e recolhimento dos tributos.
“Diante dos fatos, a Receita Federal tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para a esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem”, disse a nota.
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