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Argentinos protestam contra a fome causada pelas medidas do governo Milei. Foto: AFP

Argentinos têm vivido à base de sopa e macarrão após um mês da gestão do presidente Javier Milei. A população do país tem sofrido com preços em disparada, desvalorização da moeda local e com o fim dos congelamentos de impostos promovidos pelo ex-presidente Alberto Fernandez. A inflação, que era de 13% em novembro, disparou para 26% no mês seguinte.

A jovem argentina Florencia Rocha (22), mãe de dois filhos e grávida de 6 meses do terceiro, relata que tem comido macarrão em quase todas as refeições e sofrido de sobrepeso e pressão alta por conta da alimentação.

“Não é porque eu quero. Eu tenho que comer o almoço e a janta, e se compro verdura não vai sobrar para mais nada. Às vezes eu não como para que as crianças comam, no último mês piorou muito. Antes já estávamos mal, mas se conseguia de um jeito ou de outro”, contou à Folha de S.Paulo.

Ela, que vive com o marido que está desempregado, também relata que teve que cortar até mesmo a compra de papel higiênico por conta da situação financeira, usando folhas de papel e camisetas cortadas para substitui-lo.

O presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Luis Robayo/AFP

Famílias mais pobres têm sido obrigadas a cortas a janta e comer sopa, como é o caso de Gabriela Salaverry (34), feirante e mãe de cinco filhos. “Hoje comemos muito ensopado, que é o que mais rende”, relata.

O pedreiro Ezequiel Lucero (26) e a esposa, Tamara Retamosa (32), também relatam que têm comido apenas sopa. A alimentação do casal tem sido preparada com ingredientes doados por uma igreja, que serve 30 famílias por dia e demanda que os necessitados acordem cedo para colocar o nome numa lista diariamente pela manhã.

O consumo, que já vinha em queda antes da posse de Milei, despencou durante as festas de fim de ano. Levantamento da Confederação Argentina da Média Empresa (Came) mostrou uma queda de 14% nas compras de alimentos e bebidas no período em comércios varejistas.

Apesar da crise econômica afetar mais os mais pobres, ela também tem prejudicado as classes média e média alta, que não conseguiram viajar no fim de ano. Bariloche e praias como Mar del Plata e Pinamar ficaram mais vazias nessa temporada, com as ocupações de hotéis despencando.

Com informações do Diário do centro do Mundo

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