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Parceria entre governo brasileiro, Banco Mundial e BID vai promover economia verde e atrair investimentos estrangeiros. “O momento de aproveitar essa janela é agora” diz o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron

A transição ecológica está no centro dos debates da presidência brasileira do G20

O secretário do STN explicou ainda que as economias do Sul Global são fundamentais para os processos de transição ecológica, mas têm o menor esforço de capital privado. “É notório que no caso brasileiro, e de outras economias emergentes, o investimento doméstico não vai dar conta de todo o esforço necessário. É fundamental a atração de poupança externa para o país para resolver essas questões”, explicou Ceron.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), pontuou que o momento do debate é especialmente importante pois os países-membros do G20 detém 80% dos recursos financeiros e tecnológicos de qualidade no mundo, ao ponto que também respondem a quase 80% das emissões de CO² (dióxido de carbono), atualmente, aproximadamente 31 bilhões de toneladas.

“O desafio da transformação ecológica que o Brasil e o mundo precisam não acontecerá se tivermos apenas o polo dos investimentos públicos. Teremos que ter a junção com investimentos privados, é isso que vai fazer a diferença. Se fizermos a correta integração entre esforço dos setores público e do privado, podemos fazer a diferença numa agenda que é estratégica ao equilíbrio do planeta e manutenção da vida”, destacou Silva.

Esforço conjunto

O Eco Invest Brasil foi elaborado numa parceria entre o Ministério da Fazenda brasileiro e o Banco Central do Brasil, com recursos e apoio técnico do Banco Interamericano de Desenvovimento (BID) e do Banco Mundial (BM), no marco do Plano de Transformação Ecológica do Brasil.

De acordo com Ilan Goldfajn, presidente do BID, o banco atuou como parceiro técnico no desenho da operacionalização do packline de derivativos e da operacionalização da linha crédito. “Apoiamos o programa em dois lados: um com US$ 3.4 bilhões, para ajudar na questão dos derivativos e opções; e outros com US$ 2 bilhões, para dar liquidez às empresas. Um total de R$ 27 bilhões que o BID vai disponibilizar para apoiar o desenvolvimento, liquidez e eficiência do mercado de proteção em moeda estrangeira do país, atuando adquirindo derivativos no mercado externo e passando para as instituições financeiras locais”, explicou.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (BCB), pontuou que, no Programa, o BC assina uma carta de intenções com o BID, por meio de um ISDA Master Agreement, para intermediar a proteção cambial em moeda estrangeira para investimentos em projetos de transição ecológica. “É uma iniciativa importante, um marco e precisamos destravar essa agenda. O Brasil é um país com enorme potencial ambiental. Essa questão é nosso cartão de visita para o investimento nos próximos anos”, analisou.

Cooperação internacional

O programa prevê ainda a assinatura de um memorando de entendimento entre o MMA, MF, BCB e Banco Mundial, apoiado também pelo Reino Unido, parceiro de longa data do governo brasileiro em ações para produção de energia limpa e estímulo à economia verde.

“Concentraremos esforços no financiamento climático buscando prospectar e otimizar os recursos necessários para combater os efeitos das mudanças climáticas no país e promover a descarbonização da economia. Estamos trabalhando para um novo empréstimo com objetivo de alocar até um US$ 1 bilhão de dólares no Fundo Clima, com foco inicial em florestas, cidades verdes e resilientes e gestão de resíduos sólidos”, anunciou Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina.

Stephanie Al-Qaq, embaixadora do Reino Unido no Brasil, também anunciou que o país destinará US$ 1 milhão para a criação da plataforma de rede cambial que compõe a iniciativa brasileira. “Esse projeto é importante para enfrentar os riscos cambiais que podem ser uma barreira aos investimentos internacionais. Não podemos deixar que isso atrapalhe as ambições do Brasil e servir como exemplo para outros países. Inovações pioneiras como essa são a chave para a construção de um sistema financeiro internacional maior, melhor, mais ousado e mais justo para aqueles que mais precisam, trazendo vantagens para um novo ciclo de prosperidade”, concluiu.

Do site do G20 Brasil

Com informações do PT Notícias

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