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A Black Friday pode ser um momento de muita alegria, ou de muito estresse, para o consumidor que não estiver atento

Black Friday é celebrada no Brasil há mais de 10 anos e, cada vez mais, diversas empresas intensificam suas promoções nesse período do ano. No entanto, entre os clientes que esperam pela data para fazer compras por preços mais camaradas, há aqueles que, por falta de informação ou por pura desatenção, acabam se tornando vítimas de golpistas, que também usam da Black Friday para “fechar negócios”.

A empresária Marina Figueiredo caiu no golpe em que criminosos oferecem produtos como se fossem de uma grande loja, quando, na verdade, não passa de um site fake. Na pressa por comprar biquinis, Marina clicou no anúncio e não se atentou ao destino final para onde era redirecionada.

“Comprei uns três modelos que nunca chegaram. Mandei um e-mail para eles, informando que não tinha chegado. Decidi colocar o URL do site que comprei no Google e constatei que tinha muitas reclamações e que se tratava de uma página fake. Um marketing digital de uma empresa que não existe”, lamentou.

“Vi que caí num golpe. Aí, liguei para o banco para ver se eles conseguiam localizar pelos dados da compra a empresa. O banco me estornou o valor pago, o que achei muito bacana. Mas, veja só, essa semana vi o mesmo anúncio no mesmo lugar”, alerta a empresária.

Golpes como esse têm se tornado cada vez mais comuns e se aproveitam da desatenção do usuário, faminto por uma promoção. O Metrópoles conversou com o advogado criminalista e especialista em ciências criminais com ênfase em competências do setor público, Berlinque Cantelmo, que falou sobre diversos golpes na praça. Cantelmo também é presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG) e mencionou pelo três golpes para ficar de olho. São eles:

  1. Sites falsos;
  2. Alteração do valor no momento de pagar;
  3. Golpes que utilizam a máquina do cartão de crédito.

Produtos com preços abaixo da média, em promoções milagrosas, comumente aparecem em sites falsos, que copiam toda a estrutura do oficial. “Verifica-se que toda a estrutura da página é semelhante ou até mesmo idêntica à loja popular escolhida. Porém, pode-se tratar de uma fraude, onde os golpistas simulam toda a ambientação de lojas famosas, mas anunciam produtos falsos, que não possuem nenhum tipo de relação com a loja original”, alerta Cantelmo.

Nesses casos, o ideal é atentar-se ao endereço do site, que pode ser semelhante ao oficial, mas que geralmente contém pelo menos um caractere alterado. Outra ideia é acompanhar as avaliações da empresa no portal do Consumidor.Gov.

“Uma sugestão é limitar a compra do seu cartão a valores mais baixos para prevenir golpes em compras por aproximação e evitar enviar fotos do seu cartão”, destaca o advogado formado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e especialista em processo civil, Breno Matsusita. “Esgotem as vias administrativas para só então, em última medida, acionar o judiciário”, indica.

Dicas contra golpes:

  • Evite informar senha do seu cartão para qualquer um;
  • Verifique uma, duas, três vezes se o site onde vai realizar a compra é o oficial;
  • Veja a pontuação das empresas em rankings do governo ou de portais como o Reclame Aqui;
  • Veja os comentários dos usuários sobre os produtos;
  • Dê preferência ao cartão virtual, que possui travas de segurança muito mais difíceis do que o cartão físico;
  • Caso caia em um golpe, denuncie ao Procon, ao SAC da empresa e e sites de apoio ao consumidor.

Quando o valor final do pagamento é alterado nos descontos relâmpagos, o importante seria justamente redobrar a atenção no valor final na hora de pagar. A dica aqui é simplesmente redobrar o cuidado com o valor do pagamento, ver se não houve alteração nele e, sempre que possível, usar um cartão virtual temporário, de compra única.

Os golpes em que cliente usa o cartão físico incluem desde a alteração do valor final até clonagem. “Diversos golpes podem ser praticados, desde a digitação de valor diferente do proposto, clonagem após inserir o cartão em maquininhas adulteradas e até mesmo furto de cartões, onde o golpista entrega cartão diferente do oferecido anteriormente”, diz Cantelmo.

O método para se proteger dessa situação seria tomar todo o controle na hora do pagamento com o cartão físico: “Nas compras físicas, tenha atenção ao valor cobrado na maquininha e, sempre que possível, opte por inserir pessoalmente o cartão no aparelho. Se tiver que entregar o cartão para alguém, verifique se após a devolução o cartão verdadeiro foi entregue. Tenha atenção aos pagamentos por Pix, sempre revisando as informações de envio”, explica Cantelmo.

É importante optar pelo pagamento por aproximação sempre que disponível, graças à criptografia (que protege seus dados com base em algoritmos mais complexos e codificados).

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