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Investigadores apuram se a Abin levantou informações de inquéritos envolvendo políticos do Rio de Janeiro, além de ampliar o volume de consultas ao sistema de espionagem FirstMile

A Polícia Federal (PF) está investigando a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a gestão do atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), em relação a possíveis práticas irregulares durante as eleições municipais de 2020. Segundo o jornal O Globo, os investigadores apuram se a Abin teria levantado informações de inquéritos sigilosos envolvendo políticos do Rio de Janeiro, além de ampliar o volume de consultas ao sistema de espionagem israelense FirstMile, utilizado para monitorar críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL).

“Investigadores descobriram indícios de que, em fevereiro de 2020, Ramagem imprimiu na sede da Abin, em Brasília, uma lista com os números dos inquéritos relacionados a 66 políticos que foram candidatos nas eleições de 2018, mas não se elegeram. As informações foram extraídas de um sistema da superintendência da PF no Rio de Janeiro — e apontam ainda dados sobre ‘valores em apuração’”, destaca a reportagem. O relatório da PF sobre o caso sugere que essa ação demonstra um interesse “eleitoral” no ano de 2020.

A maioria dos nomes na lista pertencia a siglas hoje extintas, como PMB e Patriota, além de destacar membros do PSL, PP, MDB, DEM e PDT, todos do Rio de Janeiro, reduto eleitoral de Ramagem. A Controladoria-Geral da União (CGU) recuperou a planilha envolvendo os inquéritos, descobrindo que se tratavam de informações sensíveis e que Ramagem utilizou seu login para enviar arquivos à impressora da Abin.

No mesmo período, a Abin, sob a gestão de Ramagem, aumentou significativamente o volume de consultas ao sistema de espionagem FirstMile, utilizado para monitorar a localização de alvos selecionados por meio da conexão de rede de telefones celulares. Durante as eleições municipais de 2020, as buscas pela localização de alvos selecionados aumentaram 2.500%, levantando suspeitas de instrumentalização da Abin para fins políticos.

“O uso do sistema FirstMile em outubro de 2020, período eleitoral, apresentou discrepância na distribuição das consultas posto que das 60.734 (sessenta mil, setecentos e trinta e quatro) consultas constantes na tabela target, 30.344 (trinta mil, trezentos e quarenta e quatro consultas) foram realizadas no período eleitoral de 2020”, diz um trecho do relatório da PF, de acordo com O Globo.

O sistema FirstMile foi utilizado pela Abin entre fevereiro de 2019 e abril de 2021. Nos demais meses, fora do período eleitoral, a média mensal foi de 1.168 buscas. A Procuradoria Geral da República (PGR) classificou esse pico de buscas como uma “concentração desarrazoada”, corroborando a suspeita de uso político da Abin durante o governo Bolsonaro.

Com informações do Brasil 247

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