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Aos petistas do DF

O Relatório final da CPMI do Congresso Nacional solicita ao MP e aos órgãos da justiça aprofundamento das investigações sobre o Governador do DF.

Ibaneis quer e articula com sua base, que é majoritária, na Câmara Legislativa do DF para que o relatório da CPI dos atos golpistas de 8/1 não o indicie.

Não citar o governador afastado do cargo por 90 dias após a tentativa de golpe será uma desmoralização do poder legislativo do DF.

Ibaneis nomeou o ex-ministro de justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, como Secretário de Segurança do GDF, contrariando várias lideranças politicas locais e nacionais que haviam alertado o governador dos problemas que o ex-ministro poderia causar nas relações com o governo federal.

Anderson Torres, que foi preso e responde vários processos criminais pelo seu envolvimento direto nos atos golpistas, bem como toda cúpula da PMDF.

Em relação a polêmica e o destempero do presidente da CPI, Deputado Chico Vigilante, do PT, em virtude de minha entrevista ao Correio Brasiliense, por manifestar uma posição da Executiva do Partido que havia aprovado uma nota por consenso é muito estranha. Espero que a opinião do Deputado não seja apenas para justificar o pouco esforço da CPI da Câmara Legislativa, na minha modesta opinião, em apurar as condutas omissivas e comissivas do governador Ibaneis. Afirmar que a CLDF não tem competência para investigar o governador porque seria de responsabilidade da PF e do MP é o mesmo que dizer que a CPMI do Congresso Nacional não poderia ter feito o que fez, inclusive indiciando o ex-presidente e mais 60 pessoas, porque a PF e o STF já estavam investigando o caso. Aliás, a oposição ao governo Lula no Congresso não defendeu a criação da CPMI para tentar lacrar a versão de que o Lula foi omisso de propósito? Portando não há argumentos que justifiquem omitir as responsabilidades do governador Ibaneis nos atos de 8/1. Essa não é
Uma questão de repercussão apenas no DF, mas em nível nacional. O governador tinha todas as informações e não tomou as decisões cabíveis por absoluta conivência com os atos golpistas. Essa enigmática posição de preservar o governador vai contra as posições locais e nacional do PT.

Wilmar Lacerda
Vice-presidente do PT DF

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